Simultaneamente às mudanças para a nova rede, a Secretaria de Transportes implantará um Plano Geral de Circulação, com impacto direto à circulação da região central e nos corredores. De acordo com os estudos da Secretaria, foram analisados três grandes anéis de circulação: Rótula e Contra-Rótula, um anel intermediário e um anel externo. Na região central, a proposta é priorizar o transporte público e retirar as viagens que não se destinam a essa área, tornando a circulação nesse espaço mais seletiva. Segundo levantamento da Secretaria, hoje 70% das viagens do transporte coletivo se destinam ao Centro, mas apenas 40% dos usuários do Sistema têm como origem ou destino a região central. Com o Plano de Circulação, a Prefeitura de Campinas pretende ainda disciplinar a circulação de veículos de carga no Centro. Esse tipo de trânsito e também o dos veículos que não têm o Centro como destino será desviado para o anel intermediário, composto pelas avenidas Alberto Sarmento, Joaquim Vilac, Marginal do Piçarrão, Ângelo Simões, Monte Castelo, Princesa D'Oeste, José de Souza Campos, Júlio Prestes, Heitor Penteado, Theodureto de Almeida Camargo e Luis Smânio. Para viabilizar a retirada desse fluxo da região central, a Secretaria de Transportes lançará um Plano de Orientação de Tráfego. Serão implantados um conjunto de sinalizações e pequenas intervenções de engenharia, que irão direcionar o deslocamento dos motoristas. Já o anel externo, formado pelas rodovias que circundam a cidade, terá transporte tipicamente rodoviário, como já acontece hoje. Corredores de transporte Com a nova rede de transportes, a Prefeitura de Campinas fará uma série de intervenções nos corredores do transporte coletivo e na região central da cidade. No Centro, a proposta é que as linhas circulem permitindo a integração entre os eixos, sem pontos finais para evitar a concentração desnecessária dos veículos. Hoje, os usuários perdem muito tempo no embarque e desembarque na região. As linhas também serão redistribuídas nessa região para evitar lentidões no sistema viário central. Foram definidos eixos estruturais, que recebem um tráfego pesado de ônibus e terão tratamento específico para a circulação do transporte coletivo. Para facilitar a integração do Sistema com os corredores, também está prevista a construção de 18 estações de transferência nos bairros. As estações serão abertas e contarão com mapas, painéis, informações em Braile para facilitar a vida dos usuários. Todas essas medidas permitirão a redução do tempo de viagem e da espera nos pontos, além do aumento na freqüência dos veículos, com a melhora no desempenho operacional do Sistema. Esse conjunto de ações integrará um Plano de Financiamento que será apresentado ao BNDES até o final de abril. Denise Pereira e Stephan Campineiro