Cerca de 100 profissionais da rede municipal de ensino se reuniram nesta terça-feira, 16 de maio, no Teatro Bento Quirino, para conhecer propostas pedagógicas de educação para mobilidade e possibilidades de mobilização conjunta nas atividades do Movimento Maio Amarelo. O evento integra a programação do movimento e foi realizado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), em parceria com a Secretaria de Educação.
A abertura foi realizada pelo presidente da Emdec, Vinicius Riverete; e pelo Secretário de Educação, José Tadeu Jorge. Também participaram o Secretário Adjunto de Educação, Luiz Roberto Marighetti; o Diretor do Departamento Pedagógico, Luciano Alves dos Reis; o Coordenador do Plano da Primeira Infância Campineira, Thiago Ferrari; e a Gerente da área de Educação para Mobilidade Urbana, Roberta dos Reis Mantovani.
“A comunidade escolar é extremamente importante para que o município consiga avançar na redução dos óbitos e feridos no trânsito. Nenhuma morte no trânsito é aceitável. As escolas são multiplicadoras desses conceitos e, juntamente com o Poder Público, podemos zerar o número de mortos no trânsito”, destacou o presidente da Emdec.
O Secretário Municipal de Educação enfatizou que “é preciso que tenhamos zero analfabetos e zero mortes no trânsito. São utopias, mas são essas utopias que devemos perseguir. Se a alfabetização é um elemento fundamental para uma cidadania plena, a educação é um dos principais condutores para alcançar a civilidade no trânsito”, disse Tadeu Jorge.
Convidado especial do evento, o CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), Paulo Guimarães, detalhou como o conceito de mobilidade segura é trabalhado pelo órgão em nível nacional e falou sobre as iniciativas de capacitação dos gestores dos municípios para estruturar as políticas públicas nesse sentido.
Guimarães também explicou o eixo central trabalhado na Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito, que trabalha o conceito de visão zero e a jornada multimodal do cidadão. Esse conceito prevê que mesmo que o ser humano erre e cometa uma infração, não deve pagar com a vida se puder contar com sistemas seguros de mobilidade.
“Precisamos ultrapassar a fase do autocuidado para ampliar a disseminação da cultura de segurança viária. Ninguém gosta de ser fiscalizado. Estamos estimulando que as pessoas que são alertadas sobre seus comportamentos no trânsito interpretem isso como algo positivo e passem adiante”, disse Guimarães. “E acreditamos muito no trabalho transformador que os educadores podem proporcionar, não só para a segurança no trânsito, mas para o avanço do país”, completou.
As propostas pedagógicas e ferramentas de suporte que podem ser trabalhadas na rede municipal de ensino, em conjunto com a Emdec, foram apresentadas pela coordenadora da área de Educação e Cidadania da empresa, Mariângela Marini dos Santos Pereira. Ela mencionou atividades e programas permanentes como o Teatro de Fantoches, o minicircuito de trânsito, o programa “A gente aprende, agente ensina” e o P.A.R.T.Y. (Prevent Alcohol and Risk-Related Trauma in Youth - Prevenção do trauma relacionado ao álcool na juventude”). “Os programas de educação para mobilidade podem construir a cidade em que a gente quer viver”, destacou a profissional.
Durante o evento, a Emdec entregou aos educadores uma moldura de fotos para apoiar a realização de atividades educativas sobre segurança viária. E convidou toda a comunidade presente para aderir ao Dia Nacional de Mobilização das Escolas, que ocorre no dia 18 de maio.
Com o lema “Toda vida importa. No trânsito, escolha a vida”, o Movimento Maio Amarelo 2023 busca alertar sobre os índices de mortos e feridos no trânsito e mobilizar a sociedade para uma cultura de segurança viária. A programação completa, com as respectivas datas e locais, pode ser consultada no hotsite do Movimento, no endereço www.emdec.com.br/maioamarelo.
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