O avanço da fase vermelha do semáforo representou, até novembro, quase 13,6% das infrações de trânsito identificadas pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) neste ano. A conduta de risco foi o motivo de 95.382 autuações computadas pelos equipamentos de fiscalização eletrônica (radares), entre janeiro e novembro de 2025.
Outras 7.402 situações desse tipo foram flagradas pelos agentes da mobilidade urbana. Ao todo, foram 102.784 infrações por avanço semafórico. Campinas registrou um total de 757.661 infrações (todos os tipos) no período, sendo 543 mil identificadas pelos radares.
Imagens registradas pelos radares mostram, inclusive, flagrantes de sinistros motivados pelo avanço semafórico. No último sábado (06/12), um Corolla avança a fase vermelha do semáforo localizado na rodovia Dr. Heitor Penteado (sentido Centro – bairro), na região da Sociedade Hípica de Campinas, no Bairro das Palmeiras. Ao avançar, atinge em cheio um motociclista que cruzava a Heitor Penteado vindo da rua Raul Teixeira Penteado / Ernesto Ziggiatti. O motociclista se levanta em seguida.
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“Os semáforos são instalados em cruzamentos após estudos técnicos e estão lá para organizar os fluxos viários. Quando alguém resolve ultrapassar a fase vermelha coloca em risco a sua segurança e a dos demais condutores. No trânsito, a pressa e a imprudência podem matar”, alerta o coordenador da Central de Monitoramento e Supervisão de Radares, Nilvando Rezende. “Os radares exercem, neste caso, uma função preventiva e busca reduzir os riscos de sinistros: o objetivo é que o infrator punido não volte a apresentar o comportamento imprudente”, completa.
Desrespeito à sinalização causou cinco mortes em 2025
De acordo com análises realizadas pelo Comitê Intersetorial Programa Vida no Trânsito, o desrespeito à sinalização de trânsito, que inclui o avanço semafórico, esteve presente em 17% dos 30 sinistros fatais em vias urbanas. O número representa cinco vidas perdidas. Foi o quarto fator de risco que mais matou neste ano, atrás apenas da velocidade (33%), bebida e direção (27%) e comportamento do pedestre (23%).