Agora presente em regiões descentralizadas de Campinas, o “Abrigo Amigo” alcançou 48 unidades ativas. Até o final deste ano, serão 50 abrigos que promovem companhia remota aos passageiros de ônibus, principalmente as mulheres que utilizam as paradas de ônibus desacompanhadas no período entre 20h e 5h.
A iniciativa promove segurança, proteção e acolhimento em tempo real para os usuários. E envolve a Prefeitura de Campinas, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), a Eletromidia e a Claro, patrocinadora dessa nova etapa. Não há aplicação de recursos públicos. O anúncio da expansão do projeto foi feito no último dia 15 de outubro pelo prefeito Dário Saadi.
Entre as regiões contempladas nesta nova etapa estão os eixos das avenidas John Boyd Dunlop, Amoreiras, João Jorge e Prestes Maia, contemplando bairros como o Jardim Nova Europa, Jardim do Lago, Vila Rica, Jardim Aurélia, Jardim Garcia, Jardim do Trevo, Sousas, Swiss Park, etc. Trinta e cinco abrigos passaram a contar com a tecnologia e os 13 existentes também foram atualizados. Outros dois aguardam energização do ponto e serão ativados até o final deste ano.
Desde que foi lançado em Campinas, em setembro de 2023, o “Abrigo Amigo” alcançou até o dia 31 de outubro, 2.117 chamados de companhia remota e quatro ocorrências reportadas. Somente em 2025, foram 690 chamados registrados.
Campinas está entre as quatro cidades contempladas com a iniciativa, que está presente também em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Cuiabá (MT).
Mais acessibilidade e tecnologia atualizada
Na etapa atual do “Abrigo Amigo”, as telas de LED foram substituídas por monitores LCD de 85 polegadas, solução que aprimora a qualidade de imagem e a robustez operacional. Mais acessibilidade e experiência melhorada também no momento de ativar a chamada de vídeo: o sensor na tela foi substituído por um botão lateral, mais intuitivo.
Os painéis também estão recebendo placas em braile abaixo do botão de acionamento. A equipe que realiza o atendimento já conta com uma atendente especializada na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), de modo a facilitar a comunicação com pessoas surdas.
Como funciona
Os abrigos contam com painéis digitais adaptados para realizar chamadas, em tempo real. Cada ponto é equipado com internet, câmeras noturnas de alta resolução, microfones sensíveis e alto-falantes potentes.
As chamadas conectam o usuário a uma central de atendimento formada por mulheres treinadas para fazer companhia e oferecer acolhimento, além de monitorar o entorno do local da chamada. Quando há sinais de perigo, a atendente aciona imediatamente os serviços de segurança pública ou de saúde.