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Campinas inaugura serviço de transporte público por bicicleta inédito no país

“Estamos plantando a semente de uma cidade mais humana e sustentável. Esse é o embrião de um novo sistema de transporte público, que tem muito a crescer”. As palavras do secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), André Aranha Ribeiro, definem, com exatidão, a nova opção de transporte público sustentável, agradável e saudável, que o município acaba de inaugurar.

Na manhã deste sábado, dia 22 de setembro, foi lançado oficialmente na cidade o projeto Viva Bike Campinas. Em cerimônia no portão principal da Lagoa do Taquaral (Portão 1), representando o prefeito Pedro Serafim, o secretário explicou que o principal objetivo do projeto é “incentivar o uso da bicicleta, não apenas para o lazer, mas como uma modalidade viável de transporte para pequenos deslocamentos; e que pode ser perfeitamente integrada ao transporte público coletivo”. André Aranha Ribeiro concluiu: “as bicicletas são veículos que não agridem o meio ambiente e permitem que os usuários ganhem tempo no trânsito”.

O secretário de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Sinval Dorigon, também presente no evento, enfatizou que “Campinas está revivendo um meio de transporte importante, pois é cada vez mais difícil conciliar, nas vias, a quantidade de novos veículos, principalmente particulares, que começam a circular”.

Renato Frison, presidente da Brasil e Movimento, empresa que traz para Campinas o serviço de transporte público por bicicleta, lembrou que “o sistema busca um trânsito melhor e, consequentemente, melhor qualidade de vida para a população; além de difundir a cultura da convivência pacífica entre motoristas e ciclistas”.

Representando a empresa Movement, responsável pelo sistema na Europa e parceira da Brasil e Movimento, Adolfo Heras afirmou que esse “é o início de um projeto ambicioso, que, em alguns anos, pretende atingir a marca de 470 estações e sete mil bicicletas, no município”.

Impressões
A enfermeira Sheila Fortes Zillo, de 37 anos, foi a primeira a testar o sistema de aluguel de bikes. Adepta do uso de patins, Sheila aprovou a bicicleta. “Vou aderir à bike. É muito bom para trabalhar e, também, lazer”.

Rosane de Arazão, 57, bancária aposentada, caminhava pela Lagoa do Taquaral e aproveitou para fazer o test drive com as bikes. “Eu caminho todos os dias e, no domingo, alugo uma bicicleta para andar na ciclovia de lazer. Mas esse sistema é excelente, porque posso alugar as bicicletas todos os dias e usá-la como meio de transporte. Vou aderir”.

A pesquisadora Cíntia Soares, 27, costuma caminhar e correr na Lagoa. Após dar uma volta com a bicicleta, aprovou o serviço. “É uma idéia muito boa, porque incentiva quem não tem bicicleta a pedalar, fazer uma atividade esportiva”.

O professor de Estatística na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Alexandre Gori, 40, e a funcionária pública Ester Menezes, 34, também pediram informações sobre o aluguel de bikes. “É uma boa iniciativa. Espero que façam mais pontos para a troca de bicicletas, mais ciclovias e que haja respeito dos motoristas pelos ciclistas”, declarou o professor.

Estações
Duas estações já estão funcionando na Lagoa do Taquaral: uma no Portão 1 (Bonde); e outra no Portão 7 (Ginásio). As estações funcionam, diariamente, das 5h até as 24h.

Neste primeiro momento, o projeto será implantado, experimentalmente, em seis regiões do município: Amarais, Aparecidinha, Barão Geraldo, Sousas, Taquaral e Terminal Central. Estas áreas foram selecionadas por conta da existência de deslocamentos significativos de ciclistas.

As seis áreas irão abrigar cerca de 180 bikes. Para o próximo fim de semana está prevista a implantação de estações em Barão Geraldo.

Promoção
O Viva Bike Campinas irá funcionar de forma experimental, por seis meses. O cadastro deve ser feito, exclusivamente, pela internet, no site www.brasilemovimento.com.br, da empresa Brasil e Movimento, que opera o sistema.

O usuário paga uma taxa de R$ 40,00 para a aquisição do cartão. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito, débito ou boleto bancário. Também é cobrado o valor de R$ 10,00, para o seguro contra acidentes.

Mas a empresa que opera o sistema preparou uma promoção: os primeiros mil usuários que se cadastrarem vão pagar R$ 6,00, por seis meses de uso. Além do valor do seguro obrigatório.

Cadastro
Os ciclistas devem fornecer as informações pessoais e preencher um termo de responsabilidade, aceitando as regras de locação e as condições do seguro obrigatório contra possíveis acidentes. Após o cadastro e efetivação do pagamento, o usuário receberá na residência, entre dois e dez dias, o cartão Viva Bike Campinas.

É o cartão que permite o aluguel das bikes. Para a retirada da bike, basta passar o cartão no local indicado no painel da estação, liberando a bicicleta para o uso por 30 minutos.

Dados para cadastro
Para o cadastro no site www.brasilemovimento.com.br, a pessoa deve ter RG, CPF e cartão de crédito (ou débito) em mãos.

As pessoas com idade entre 16 e 18 anos devem apresentar RG, CPF e cartão de crédito (ou débito) do pai, mãe ou responsável. Também devem enviar, via Correios, para a Brasil e Movimento, fotocópia da Certidão de Nascimento e autorização do responsável. O modelo da autorização está disponível no site da empresa (www.brasilemovimento.com.br). O endereço da empresa é Rua Hungria, 620, Jardim Europa, São Paulo (SP), CEP 01455-000.

Tempo de uso
A pessoa cadastrada tem o direito de alugar uma bike, quantas vezes precisar por dia, do seguinte modo: 30 minutos de uso; devolução; espera de 15 minutos; novo aluguel. O sistema foi dimensionado desta forma para promover a rotatividade e compartilhamento das bikes. Se o uso da bicicleta exceder os 30 minutos, será cobrada uma taxa adicional.

As estações funcionam das 5h até a meia-noite. Depois da meia-noite, não é permitida a retirada de bikes, somente a entrega.

Todas as informações e dúvidas podem ser esclarecidas no site www.brasilemovimento.com.br; ou pelo telefone 0800 702 4170. Elas também estão disponíveis no site da EMDEC, no endereço eletrônico www.emdec.com.br.

Pedal Seguro
Todos os usuários que aderirem ao sistema de aluguel de bicicletas serão convidados a participar de uma aula de noções básica de segurança. Chamada de Pedal Seguro, ela dá dicas importantes, como:
- Use sempre equipamentos de segurança: capacete, óculos, luvas, fitas refletivas em roupas claras.
- Ande na mão de direção, pare ao sinal vermelho, respeite a faixa de pedestre e não faça conversões proibidas.
- Não circule sobre as calçadas.
- Indique com os braços as intenções.
- Ande sempre à direita da via, próximo da guia.
- Porte documentos pessoais e telefone de contato.
- Quando estiver em grupo, circule em fila.
- Em caso de acidentes, acione o SAMU pelo 192; e não mova a vítima.
- Use filtro solar; hidrate-se antes, durante e depois da atividade física.

Conceito
Campinas inaugura, no Brasil, o conceito de transporte público de bicicleta. Esse conceito já é adotado em oito países: Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México, Noruega, Peru e Suécia.

A proposta é incentivar o uso da bicicleta para pequenos deslocamentos. A bike é indicada para deslocamentos curtos, com raio em torno de 5 km. Com velocidade média de 15 km/h, o tempo médio do percurso fica em 20 minutos. O uso da bicicleta contribui para a diminuição de veículos nas vias. Na cidade, neste primeiro momento, serão seis áreas, com até três estações em cada uma.

O projeto instalado no município é baseado no que foi desenvolvido em Barcelona, pela Movement. A Movement é a empresa responsável pela gestão que integra toda a operação das seis mil bicicletas e 430 estações da cidade. Os serviços abrangem, também, a manutenção, logística de reposição nas estações, monitoramento via GPS e atendimento ao usuário por Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

Barcelona tem 180 mil usuários registrados e a média de utilização é de dois a três quilômetros num tempo médio de 17 minutos. Com a implantação do sistema de transporte público de bicicleta, a cidade de Barcelona ampliou de 90 para 201 quilômetros a extensão de ciclovias, por conta da adesão da população.

O valor atualmente pago pelos habitantes da cidade é de € 45 (euros) por ano, para trajetos de 30 minutos.

Operação
A operação do serviço, em Campinas, inicialmente mobiliza 40 profissionais da Brasil e Movimento. Entretanto, a expectativa com a ampliação da utilização do sistema é chegar a uma equipe de 200 profissionais.

Para segurança, a Brasil e Movimento conta com um sistema que monitora as estações por meio de câmeras, conectadas tanto com a central da própria empresa, como com a Polícia Militar.

Pelo sistema de GPS, todos os movimentos das bicicletas são detectados, sendo possível identificar o percurso percorrido, a data e o responsável pela utilização de cada bicicleta.

Plano Cicloviário
Atualmente, Campinas possui 24,2 km de ciclovias e ciclofaixas:
- Ciclofaixa de Lazer do Centro, com 9,1 km (a ciclofaixa funciona somente aos domingos e feriados, das 7h às 12h; e tem o espaço totalmente segregado por cones, além de pintura no solo e operação de agentes da Mobilidade Urbana);
- Lagoa do Taquaral, ciclofaixa com 5 km de extensão (a ciclofaixa da Lagoa do Taquaral integra a Ciclofaixa de Lazer do Centro, mas pode ser usada durante todos os dias da semana);
- Arautos da Paz, ciclovia com 1,2 km de extensão (também integra a Ciclofaixa de Lazer do Centro, mas pode ser usada todos os dias);
- Ciclovia do Kartódromo, com 1,3 km (funcionamento somente aos domingos e feriados, dentro do Kartódromo, das 7h às 13h);
- Ciclofaixa de Lazer do Ouro Verde, com 5,5 km (a ciclofaixa funciona somente aos domingos e feriados, das 7h às 12h; e tem o espaço totalmente segregado por cones, além de pintura no solo e operação de agentes da Mobilidade Urbana);
- Barão Geraldo, com 1,2 km de ciclovia e 2,7 km de ciclofaixa;
- Amarais, ciclofaixa com 2,7 km de extensão (ida e volta);
- Parque Linear Dom Pedro, ciclovia com 1,7 km de extensão (ida e volta).

Além disso, a EMDEC já identificou 150 km de rotas cicláveis (caminhos amigos ao uso da bicicleta), em todas as regiões do município. A proposta da EMDEC é criar uma rede de ciclovias e ciclofaixas, que será interligada ao serviço de transporte público coletivo municipal. Os trajetos irão atender equipamentos públicos importantes, como escolas, creches, centros de saúde e áreas de lazer (bosques, praças, teatros, entre outros).

Jornada Internacional
O lançamento do Viva Bike Campinas encerrou as atividades da Semana Municipal de Trânsito de 2012. O dia 22 de setembro foi escolhido por ser o dia da Jornada Internacional “Na cidade, sem meu carro”. A proposta da Jornada é, justamente, sensibilizar a sociedade para que, pelo menos em um dia do ano, sejam adotadas práticas de deslocamentos sustentáveis, como usar o transporte público, dar carona, andar a pé, ou utilizar a bicicleta.

A Jornada Internacional “Na cidade, sem meu carro” busca uma mobilização mundial para refletir sobre o modelo de mobilidade vigente na sociedade contemporânea, centralizado nos automóveis. É um momento de avaliação e reflexão sobre as questões que envolvem o uso racional e equilibrado dos veículos, como forma de minimizar os problemas relacionados à poluição atmosférica, visual e auditiva; e, principalmente, à redução dos acidentes de trânsito.

Fotos: Carlos Bassan e Ana Franke
 


 


Fotos



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