A Rua Dona Libânia, localizada no Centro de Campinas, tem aproximadamente 500 metros e recebeu o nome da esposa do Barão de Itapura, que também nomeia uma via da cidade. A homenagem foi feira, em 1883, por iniciativa da Comissão de Obras Públicas do Legislativo.

Dona Libânia foi homenageada porque seu marido colaborou na abertura da via com a doação de um terreno. A rua foi liberada ao trânsito em 1882.

De um dos lados da via, o muro verde da subestação de energia toma conta de uma das quadras.  A via, de sentido único, abriga vários prédios, alguns novos e outros antigos. As residências são minorias.

Segundo a aposentada Inês da Silva Munhoz, seu prédio foi o primeiro  a ser construído na via. Ela mora há mais de 50 anos no mesmo local. “Eu acompanhei a construção dos prédios dessa rua. Quando cheguei não tinha nenhum aqui”, disse.

Neuza Pinto R. da Costa, doméstica, trabalha na mesma casa há 47 anos. Segundo ela, a rua que hoje vive cheia de carros não era assim há tempos atrás. “Lembro dos bondes passando aqui em frente, era uma maravilha. Pena que o tempo dos bondes não volta mais”, lamenta.

O bonde citado, da linha n° 10, tinha ponto de partida na praça Bento Quirino, seguindo pelas ruas Sacramento, Marechal Deodoro, Dr. Quirino, Av. Dona Libânia, Av. Orosimbo Maia, Av. Brasil, ruas Joana de Gusmão, Barros Monteiro, Pereira Tangerino e Oliveira Cardoso, onde ficava o ponto final da linha, bem perto à Torre do Castelo. A volta era pelo mesmo itinerário.

Quem foi Dona Libânia
Dona Libânia de Souza Aranha faz parte do hall das famílias importantes de Campinas. Ela era irmã de Joaquim Egídio de Souza Aranha, que também nomeia um distrito de Campinas; e esposa do Barão de Itapura, que dá nome a uma avenida do Centro.

Depois de se casar com Barão de Itapura, ganhou o título de baronesa. Segundo textos sobre a sua vida, ela era envolvida em obras de filantropia

Nasceu em Campinas em 1829; e faleceu, em 1921, aos 92 anos.