Proporcionar deslocamentos mais rápidos e ganho de tempo para os usuários. Esses são os benefícios das linhas do BRT (Bus Rapid Transit – Ônibus de Trânsito Rápido), que circulam pelos corredores Campo Grande, Perimetral e Ouro Verde. Para que a circulação com agilidade e previsibilidade seja possível, os corredores são dedicados para circulação exclusiva das linhas BRT.
Por isso, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) reforça as orientações para que os motoristas não circulem nos trechos dos corredores dedicados à circulação do BRT. Além disso, esclarece aos usuários que as linhas convencionais devem circular pelas faixas dedicadas ao tráfego comum, com embarque e desembarque à direita das vias.
Essa é uma confusão bastante comum. Muitos campineiros questionam ao ver os ônibus convencionais circulando em meio aos carros, fora dos corredores BRT. Eles não se atentam que a exclusividade é apenas para as linhas BRT. Os ônibus convencionais também são proibidos de circular ali. As linhas convencionais do Campo Grande e do Ouro Verde saíram do corredor exclusivo em outubro de 2023 e janeiro deste ano, respectivamente.
“O conceito do BRT prevê viagens mais rápidas, com menos paradas e circulação exclusiva nos corredores. A partir de outubro de 2023, quando criamos mais três linhas BRT, as convencionais deixaram de circular nos corredores exclusivos. Isso garante melhor performance e agilidade para o sistema BRT”, explica o presidente da Emdec, Vinicius Riverete. “A orientação, inclusive, é que os usuários das linhas convencionais migrem para as linhas BRT, ganhando tempo em seus deslocamentos”, completa.
São 17,9 km de faixas exclusivas para o BRT, com embarque e desembarque à esquerda, na avenida John Boyd Dunlop (Corredor Campo Grande); e 14,6 km nas avenidas Amoreiras e Ruy Rodriguez e na rua Piracicaba (Corredor Ouro Verde). Já o antigo leito do VLT (Corredor Perimetral) tem 4,1 km e é dedicado exclusivamente para as linhas BRT, não sendo permitido o trânsito de veículos.
São exceções na regra de deslocamento exclusivo trechos da rua Piracicaba e da avenida Ruy Rodriguez, após o Terminal Ouro Verde, que contam com circulação compartilhada por apresentarem apenas uma faixa de rolamento dedicada ao tráfego comum.
A operação gradativa das linhas BRT teve início em novembro de 2022. Atualmente, são sete linhas BRT em plena operação: quatro no Campo Grande (BRT20, BRT21, BRT25 e BRT26) e três no Ouro Verde (BRT10, BRT11 e BRT12).
Circular indevidamente nas faixas exclusivas é infração gravíssima
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que “transitar indevidamente nas faixas exclusivas” é infração de trânsito gravíssima, que gera sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH); e aplicação de multa no valor de R$ 293,47. Já as faixas preferenciais podem ser utilizadas por outros veículos, desde que respeitem a preferência do transporte público coletivo de passageiros. De janeiro a 22 de novembro deste ano, a Emdec registrou quase 5,7 mil autuações pelo uso indevido das faixas exclusivas de ônibus.
Fiscalização
A fiscalização da circulação nas faixas exclusivas é feita pelos agentes da mobilidade urbana e a proibição é devidamente regulamentada pelas placas de sinalização. Para minimizar as situações de desrespeito, a Emdec também realiza periodicamente operações de dissuasão, mantendo agentes diariamente nos horários de pico nos principais corredores. A presença dos agentes tem o intuito de desestimular a circulação nas faixas exclusivas.
No início de dezembro, a Emdec adotou o videomonitoramento como mais uma forma de fiscalização do uso indevido da faixa exclusiva em trecho do Corredor BRT Ouro Verde. É o primeiro trecho que recebe esse tipo de fiscalização remota.
A câmera, com raio de visão de 360 graus, está posicionada no conjunto semafórico do cruzamento da avenida das Amoreiras com as vias Laranjal Paulista, no sentido Centro – bairro; e Dom Joaquim Mamede da Silva Leite, no sentido bairro – Centro. O local, que fica na região do Jardim do Lago, está em frente à base do Corpo de Bombeiros (Cobom); e próximo à Estação BRT Anhanguera.
A operação da câmera é feita pelos operadores da Central de Monitoramento de Operações da Emdec. A câmera flagra a infração, captura o registro da imagem e o agente elabora o auto de infração.