No mês em que são realizadas diversas ações de educação para a mobilidade alusivas ao Maio Amarelo Campinas 2019, o município alcança mais um bom resultado relacionado à redução de mortes no trânsito. De acordo com levantamento realizado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), o município registrou, em 2018, 65 vítimas fatais de acidentes de trânsito na malha urbana, número 24,4% menor que em 2017, quando foram 86 óbitos. Trata-se do menor número de vítimas fatais na malha urbana já registrado, desde o início da medição realizada pela Emdec, em 2003.
O balanço de acidentalidade em 2018 foi anunciado nesta terça-feira, dia 7 de maio, durante o lançamento oficial do Movimento Maio Amarelo 2019 – Desacelere! Viva Mais, na Sala Azul do Paço Municipal. O evento contou com a presença do prefeito Jonas Donizette; do vice-prefeito Henrique Magalhães Teixeira; secretários municipais; vereadores; diversos parceiros do Movimento Maio Amarelo; e técnicos da Emdec. A apresentação foi conduzida pelo secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro.
O prefeito Jonas Donizette destacou o número de vidas preservadas no último ano. “A mobilidade urbana está entre as quatro principais preocupações das cidades do País. Nossos dados de acidentalidade de 2018 mostram que tivemos 21 mortes no trânsito a menos do que tivemos em 2017. Quanto vale isto?!”, afirmou. “Campinas está no caminho certo. Estamos fazendo um trabalho bem feito, proporcionando mobilidade para a população, ao mesmo tempo em que preservamos vidas", completou o prefeito.
O secretário de Transportes enfatizou o papel estratégico do trabalho da Emdec para o resultado alcançado. “Para reduzir o número de acidentes fatais em Campinas, a Emdec trabalha firmemente no tripé Educação, Engenharia de Trânsito e Fiscalização, tendo como norte a Prevenção. Nosso índice de mortes no trânsito por 100 mil habitantes é muito pequeno; comparável ao de cidades do mesmo porte de Campinas, em países do primeiro mundo”, destacou Barreiro.
Com a compilação dos dados de 2018, o índice de mortes no trânsito por 100 mil habitantes de Campinas foi atualizado para 5,44. A média mundial é de 17,4. Quando considerado o período de 2003 a 2018, a redução no número total de vítimas fatais de acidentes de trânsito na malha urbana foi de 27%. No período de 2010 a 2018, o número de mortes no trânsito foi reduzido em 38% (39 vítimas).
Do total de 65 vítimas fatais registradas em 2018, 29 (44,6%) eram ocupantes de motocicletas; 21 (32,3%) eram ocupantes dos demais veículos (16 condutores, três passageiros e dois ciclistas); e 15 (23,1%) eram pedestres vítimas de atropelamentos. Comparados ao mesmo período de 2017, os dados apontam redução de 51,6% no total de vítimas pedestres e de 29,3% no total de vítimas ocupantes de motocicletas.
Durante o evento, também foram apresentadas algumas conclusões alarmantes obtidas pelo levantamento. “Nós temos duas grandes preocupações relacionadas aos acidentes de trânsito: a velocidade e o álcool. São os grandes vilões da questão da segurança no trânsito”, destacou o prefeito Jonas Donizette.
Das 65 vítimas fatais, 37 condutores e pedestres passaram por dosagem alcoólica, revelando que 51,4% dessa amostra apresentou dosagem alcoólica proibitiva. A velocidade excessiva praticada no momento dos acidentes também chamou a atenção. Juntos, os dois fatores contribuíram para aumentar em 50% o número de vítimas fatais na categoria “ocupantes dos demais veículos”. Esse grupo saltou de 14 vítimas, em 2017, para 21 mortes no trânsito, em 2018.
Outro dado preocupante segue uma tendência verificada desde 2005 – a alta participação dos motociclistas no total de mortes no trânsito. “Nossa maior preocupação está relacionada aos motociclistas, é um problema muito sério. Em 2018, este foi o segmento com maior participação no total das vítimas fatais, com 44,6%”, enfatizou Barreiro. Cem por cento das 29 vítimas fatais desse grupo eram homens, a maioria jovens, 35% com idade entre 18 e 23 anos.
Confira outros dados de vítimas fatais no trânsito em 2018:
• Das 65 vítimas fatais, 91% eram homens e 9% eram mulheres.
• 22 vítimas tinham entre 18 e 29 anos (45,3%).
• Em 52% dos atropelamentos, as vítimas tinham idade maior que 65 anos.
• 47% dos acidentes com vítimas fatais ocorreram aos domingos e segundas-feiras.
• 86% (56) das vítimas registradas em 2018 entraram em óbito no local do acidente e até sete dias após o acidente.
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