O prefeito Jonas Donizette recebeu troféu de reconhecimento por ações desenvolvidas na busca de um trânsito mais humano e seguro no município. Campinas vem reduzindo, seguidamente, as mortes no trânsito urbano, registrando três anos consecutivos de queda.
Em 2013 foram registradas 101 mortes no trânsito urbano campineiro. Em 2014, 96 óbitos. Em 2015 foram 88 mortes, e em 2016, o total foi de 74 óbitos. Os resultados foram obtidos com um conjunto de medidas, incluindo conscientização, fiscalização e amplo emprego da engenharia de tráfego.
A homenagem ao prefeito campineiro foi feita nesta terça-feira, 19 de setembro, durante evento em comemoração aos 20 anos do Código do Trânsito Brasileiro (CTB), realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília. Como presidente da FNP, o prefeito de Campinas fez a abertura do encontro.
A iniciativa do evento e da homenagem partiu da Comissão de Viação e Transporte da Câmara Federal, em parceira com a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Observatório Nacional de Segurança Viária, entre outras entidades.
Jonas Donizette destacou as ações de conscientização realizadas no município durante o Maio Amarelo, assim como o trabalho educativo feito nas escolas, intitulado “Educando as crianças para serem os motoristas de amanhã”. O prefeito de Campinas enfatizou a alta taxa de motorização de Campinas, com 900 mil veículos, “uma das maiores do País”, e a necessidade de uma convivência pacífica entre veículos e pedestres.
Ênfase no pedestre
Falando no evento, Jonas revelou que Campinas prepara uma grande campanha de mobilidade urbana, com ênfase para o pedestre. “Na faixa de pedestre, os carros terão que parar para darem preferência às pessoas. Vamos contar com a ajuda de todos, para que Campinas seja uma cidade modelo para o Brasil no respeito ao trânsito”.
O secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, acompanhou o prefeito Jonas no evento em Brasília. Durante painel sobre “Desafios e Perspectivas”, representando o prefeito, Barreiro destacou as ações realizadas em Campinas para a redução nos índices de acidentalidade.
“Estamos usando pesada engenharia de tráfego para resolver gargalos no trânsito, redução da velocidade máxima em algumas vias, privilégio ao transporte público, ações educativas e fiscalização contínua, como o videomonitoramento que está em fase de testes. Tudo com um único objetivo: a preservação da vida”, pontuou.
Acidentalidade
Em 2013 foram registradas 101 mortes no trânsito urbano campineiro. Em 2014, 96 óbitos, representando queda de 4,95%. Em 2015 foram 88 mortes, representando queda de 8,33% em relação a 2014; e de 12,87% em relação a 2013.
O último Balanço de Acidentalidade divulgado pela Emdec em maio de 2017 aponta que no trânsito campineiro ocorreram 74 mortes em 2016. Recuo de 15,90% em relação a 2015; 22,92% em relação a 2014; e de 26,73% em relação a 2013.
O índice de mortalidade no trânsito urbano em Campinas, para cada grupo de 100 mil habitantes, é de 6,3, comparado com o de países considerados como de primeiro mundo. Neste quesito, Campinas está atrás da Suécia (2,8), Reino Unido (2,9), Espanha (3,7), Alemanha (4,3), Japão (4,7), França (5,1) e Itália (6,1). Mas a cidade fica à frente de Bélgica (6,7), Portugal (7,8), Estados Unidos (10,6), México (12,3), Chile (12,4), Argentina (13,6), Índia (16,6), Colômbia (16,8), China (18,8), Bolívia (23,2), entre outros.
O índice de Campinas, de 6,3 mortes no trânsito urbano para cada grupo de 100 mil habitantes, também é muito inferior ao registrado pelo Brasil, que é de 23,4. Os dados de acidentalidade no mundo são da World Health Organization 2015.
Crédito da foto: Divulgação