A limpeza do leito desativado do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que irá receber as pistas do Lote 1 do BRT (Bus Rapid Transit, Ônibus de Trânsito Rápido) campineiro atingiu 4,5 km. A medição foi realizada nesta terça-feira, dia 20 de junho, durante vistoria do secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, junto com equipe técnica, ao canteiro de obras.
A base do canteiro de obras foi montada na confluência dos bairros Bonfim e Botafogo, em área do antigo leito do VLT. O trecho que já recebeu a limpeza e preparação do terreno, com a remoção de interferências, passa sob vias importantes, com as avenidas Lix da Cunha e John Boyd Dunlop. Os trabalhos estão concentrados há poucos metros da Rodovia Anhanguera.
“O projeto de implantação do BRT está, estritamente, dentro do cronograma. A elaboração dos projetos executivos segue em perfeito andamento. E percebemos uma grande evolução no canteiro de obras do Lote 1. Temos a expectativa de antecipar o começo das obras, inicialmente previsto para agosto”, avalia Barreiro.
O Lote 1 compreende o trecho 1 do Corredor Campo Grande, que é a ligação entre a região central até a Vila Aurocan, com extensão de 4,3 km; além de todo corredor perimetral, com 4,1 km. O responsável pelo Lote 1 é o Consórcio Corredor BRT Campinas, formado pela Arvek, D. P. Barros, Trail, Enpavi e Pentágono. O valor total do lote é de R$ 88,9 milhões.
BRT
Os três corredores BRT do município - Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral - terão custo total de R$ 451,5 milhões. Serão 36,6 km de corredores, com tempo total de obras de três anos.
A elaboração dos projetos executivos e realização das obras dos três corredores BRT foram divididas em quatro lotes. Além do Lote 1, temos:
- Lote 2: trechos 2, 3 e 4 do Corredor Campo Grande. Esses trechos contemplam a ligação da Vila Aurocan até o Terminal Itajaí, totalizando 13,6 km. O trecho 2 é da Vila Aurocan até a ponte sobre a Rodovia dos Bandeirantes, com 5 km. O trecho 3 compreende a ponte da Rodovia dos Bandeirantes até o Terminal Campo Grande, totalizando 6,4 km. E o trecho 4, do Terminal Campo Grande até o Terminal Itajaí, totalizando 2,2 km. Responsável: Empresa Construcap – CCPS Engenharia e Comércio. Valor total do lote: R$ 191,1 milhões.
- Lote 3: trecho 1 do Corredor Ouro Verde, que liga a região central até a Estação Campos Elíseos, com 4,8 km de extensão. Responsável: Empresa Compec Galasso. Valor total do lote: R$ 66,5 milhões.
- Lote 4: trechos 2 e 3 do Corredor Ouro Verde, que compreende a ligação da Estação Campos Elíseos até o Terminal Vida Nova, totalizando 9,8 km de extensão. O trecho 2 vai da Estação Campos Elíseos até o Terminal Ouro Verde, com 5,7 km. E o trecho 3 liga o Terminal Ouro Verde até o Terminal Vida Nova, com 4,1 km. Responsável: Consórcio BRT Campinas (Artec; Metropolitana). Valor total do lote: R$ 104,9 milhões.
Características
O BRT campineiro, que será chamado de Rapidão, irá beneficiar cerca de 450 mil pessoas que residem nos distritos do Campo Grande e Ouro Verde. O sistema contempla estações de transferência e infraestrutura adequada; veículos articulados ou biarticulados; corredores exclusivos com espaços para ultrapassagens; embarque e desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas); embarque em nível; e pagamento desembarcado. O sistema será mais seguro, rápido, eficiente e confiável.
No Ouro Verde serão 14,6 km de extensão, saindo da região central, seguindo pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim até o Terminal Vida Nova. Nesse trajeto serão construídas quatro obras de arte (pontes e viadutos).
No Campo Grande serão 17,9 km de extensão, também saindo da região central, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), John Boyd Dunlop e chegando ao Terminal Itajaí. Serão construídas 12 obras de arte (pontes e viadutos).
Entre os dois corredores haverá um corredor perimetral com 4,1 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.