A 10ª Conferência Municipal de Mobilidade Urbana, realizada em 3 de agosto de 2024 na UniMetrocamp, definiu 15 (quinze) diretrizes para a Mobilidade Urbana de Campinas, elaboradas pela população em conjunto com a Emdec e Secretaria Municipal de Transportes. O evento foi convocado pelo Conselho Municipal de Mobilidade Urbana (CMMU)
As diretrizes abaixo foram as mais votadas nos cinco eixos de discussão e estarão em vigor no período 2024-2027:
Eixo 1: Mobilidade e vias seguras, acessíveis e inclusivas
1. Ampliar a segurança da circulação da pessoa idosa e/ou com deficiência, padronizando calçadas e estabelecendo rotas acessíveis (35 votos).
2. Projetar áreas de trânsito calmo em locais de alto fluxo de veículos e pedestres, como terminais do transporte público, hospitais, escolas e comércio em geral (20 votos).
3. Realizar ampla revisão da velocidade máxima permitida em vias do município, com foco na segurança viária e “Visão Zero”, onde nenhuma morte no trânsito é aceitável (13 votos).
Eixo 2: Fiscalização e operação de trânsito
1. Ampliar a infraestrutura de segurança e fluidez do trânsito com a centralização de 100% do parque semafórico e implantação de rede de semáforos inteligentes (33 votos).
2. Adotar novas tecnologias de leitura de placas para modernizar e agilizar a fiscalização, retirando de circulação infratores contumazes (21 votos).
3. Buscar meios eletrônicos para intensificar a fiscalização do transporte decorrente das reclamações de usuários através dos canais de atendimento (19 votos).
Eixo 3: Educação, comunicação e participação social
1. Propor e realizar campanhas educativas de massa permanentes para a Mobilidade Urbana e Segurança Viária e programas de Educação para a Mobilidade, destinados a todos os públicos e segmentos sociais, em especial os mais vulneráveis, baseados em dados e evidências, com avaliação de resultados, incentivando o envolvimento dos setores público e privado (27 votos).
2. Qualificar a formação profissional de condutores do sistema de transporte público e de interesse público, bem como a capacitação dos profissionais que planejam e operam mobilidade na cidade (26 votos).
3. Aprimorar a efetividade e a qualidade dos canais de comunicação através da criação de indicadores de acompanhamento e divulgação, junto à sociedade, mantendo as redes de colaboração com a sociedade civil organizada, instituições públicas e privadas, CMMU e demais conselhos. Desenvolver uma metodologia que assegure a efetiva participação social, a qualificação do debate e estabelecendo uma rede de multiplicadores para ações de Mobilidade Urbana (20 votos).
Eixo 4: Mobilidade ativa e alternativas sustentáveis
1. Revisar, expandir e qualificar a rede cicloviária com a participação de quem pedala (grupos de ciclistas, trabalhadores que utilizam o espaço) e analisando os dados de sinistralidade e micromobilidade. Propor estratégias de educomunicação (28 votos).
2. Promover, através de uma rede de infraestrutura conectada, inter-multimodal, compreensiva e segura, o acesso a calçadas para PCDs, integração da rede cicloviária a terminais e aos principais fluxos do município, seguindo o modelo das vias completas, já consagrado em cidades do país (25 votos).
3. Prever iluminação nas novas rotas de mobilidade ativa e implantar no sistema existente; arborização dos espaços, além de sinalização adequada (23 votos).
Eixo 5: Transporte público coletivo e de interesse público
1. Garantir celeridade no processo de licitação do transporte público coletivo, visando à redução tarifária, modernização da frota, eficiência do sistema, aplicação de Sistemas Inteligentes de Transporte (ITS) e adoção de frota limpa (35 votos).
2. Buscar formas alternativas de financiamento para modicidade tarifária, incluindo estudo de “Tarifa Zero” e de nova metodologia de apuração de custo/remuneração (24 votos).
3. Prover infraestrutura adequada para pessoas com mobilidade reduzida para acesso ao transporte público coletivo e à área de cobertura. Estudar a possibilidade da adoção de veículos com acessibilidade aos permissionários atuais do serviço de táxi (convencional/comum) (14 votos).
Como foi a escolha
Os munícipes escolheram um dos cinco eixos para participar da discussão.
Foram formados cinco grupos de trabalho, todos com um coordenador, relator e facilitadores da Emdec. Os coordenadores organizaram e controlaram o tempo de debate; os facilitadores tiraram dúvidas a respeito dos assuntos e da metodologia; e os relatores redigiram as propostas.
Das discussões, saíram 6 (seis) diretrizes por eixo, votadas por todos na Plenária. As 3 (três) mais votadas por eixo totalizaram as 15 (quinze) finais da 10ª Conferência Municipal de Mobilidade Urbana.
Eleição dos conselheiros
Também na conferência, houve a eleição dos conselheiros do CMMU para 2024-2027.
02.07.2024
Conferência Municipal de Mobilidade Urbana será no dia 3 de agosto
18.06.2024
Lei altera CMTT: Conselho Municipal de Mobilidade Urbana terá eleição em agosto
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