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Jornada Internacional é principal destaque da Semutran 2010

A Jornada Internacional “Na cidade sem meu carro”, nesta quarta-feira, dia 22 de setembro, será marcada por uma série de eventos em Campinas; e integrará as atividades da Semana Municipal do Trânsito, organizada pela Prefeitura, por meio da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC).

A Jornada busca uma mobilização mundial para refletir sobre o modelo de mobilidade vigente na sociedade contemporânea, centralizado nos automóveis. É um momento de avaliação da sociedade para questões que envolvem o uso racional e equilibrado dos veículos, como forma de minimizar os problemas relacionados à poluição atmosférica, visual e auditiva; e, principalmente, à redução dos acidentes de trânsito.

A proposta é sensibilizar a sociedade para que, pelo menos em um dia do ano, possa deixar seu carro em casa e descobrir outras formas de deslocamento: a pé, bicicleta, transporte coletivo ou promover caronas programadas; além de contribuir com iniciativas voltadas à qualidade de vida no planeta.

Ao contrário dos anos anteriores, em 2010, a EMDEC não interditará nenhuma via para a realização dos eventos. “Queremos incentivar que a cidade se movimente, mas sem o uso do automóvel. Com o mote Respire a cidade. Viva Melhor, a EMDEC busca construir um movimento intersetorial, com diversos segmentos, incentivando que as empresas participem da Jornada, convencendo seus públicos internos e externos”, afirma o secretário de Transportes, Sérgio Torrecillas.

No site da EMDEC (www.emdec.com.br) estão disponíveis todas as informações sobre como aderir à Jornada; inclusive com a possibilidade das empresas realizarem o download dos materiais informativos e educativos.

As práticas indicadas pelo movimento aos cidadãos:

No dia 22 de setembro, experimente uma nova forma de mobilidade para ir ao trabalho:

• Transporte coletivo (ônibus e alternativos);
• Caminhada;
• Bicicleta;
• Carona programada (oferecer e aceitar). Se cada veículo levar pelo menos quatro pessoas, serão três automóveis a menos nas ruas.

Ao aderir à Jornada “Na cidade sem meu carro”, no hotsite da Semutran, a pessoa assinala a participação, indicando a região em que reside e para onde vai se deslocar. Esses pontos serão inseridos em um mapa georreferenciado do município. O mapa permitirá, aos organizadores, avaliar a adesão da Jornada, em toda a cidade - um instrumento para visualizar e registrar cada pessoa ou organização que decidiu mudar seu deslocamento no dia 22.

Até o início da tarde desta terça-feira, 21, cerca de 1,4 pessoas já tinham aderido ao movimento.

As práticas indicadas pelo movimento às organizações:

• As empresas podem multiplicar a divulgação da Jornada em seus mailings eletrônicos, site, intranet, jornal ou revistas corporativos;

• Devem divulgar o site da EMDEC – endereço www.emdec.com.br, como espaço permanente de informação e discussão da Mobilidade Urbana;

• Estimular a discussão de problemas da Mobilidade em Campinas, entre suas equipes;

• Incentivar a redução de atividades durante a Semana Municipal de Trânsito e/ou Jornada, especialmente aqueles que envolvam a utilização de veículos (carros, utilitários e motos); e

• Devem estar preparadas para receber funcionários com bicicletas (definir espaço – bicicletários para receber esses funcionários).

Pontos para reflexões sobre o uso do automóvel:

• Uma pessoa que utiliza o transporte coletivo consome 12 vezes menos combustível do que se utilizasse o carro; e causa a emissão de 5 vezes menos gás carbônico. Após 1 ano, o indivíduo que utiliza o carro particular, terá causado a liberação da mesma quantidade de carbono que 10 árvores assimilam, em seu processo de crescimento, ao longo de 20 anos aproximadamente. Utilizando o transporte coletivo, a quantidade de carbono emitida por pessoa equivale a 1 árvore.

• Se uma pessoa deixar de usar seu automóvel particular uma vez por semana, durante um ano, mais de 200kg de gás carbônico deixarão de ser lançados na atmosfera. Além disso, essa mesma pessoa economizaria, ao longo desse ano, mais de 132 litros de combustível, o que equivale hoje a aproximadamente R$ 330,00.

• De que adianta possuir um carro novo, com motor potente, se a velocidade alcançada, ao menos nos centros urbanos, é muitas vezes menor que a de uma bicicleta? Nesse sentido, é inútil o avanço da alta tecnologia, avanço no desenvolvimento de motores cada vez melhores e na formulação de combustíveis cada vez menos poluentes. É preciso mudanças em outra direção, para resolver o trânsito das grandes cidades.

• Cerca de 80% da população brasileira anda a pé ou utiliza o transporte público; mas os 20% que utilizam o automóvel particular ocupam mais de 70% do espaço da cidade.

• E, está provado: as bicicletas são o segundo meio de transporte mais rápido para trajetos urbanos de, em média, 15 quilômetros. Só perdem para as motos. No entanto, não liberam carbono na atmosfera, fazem bem para a saúde e tornam a metrópole mais humana.

Fonte: wwww.mercadoetico.terra.com.br

Curiosidades:

Fabricação: O processo de fabricação dos automóveis gera resíduos, alguns tóxicos, que pesam entre 15 a 20 toneladas; sem contarmos os metros cúbicos de água poluída resultantes.

Para a fabricação dos 500 milhões de carros particulares existentes (sem contar caminhões e demais veículos), superou-se quase 10 milhões de toneladas de resíduos.

Antes de ser posto em circulação, a energia consumida por um automóvel equivale a 12% do combustível que consumirá durante toda a sua vida útil.

Motor: O automóvel é absurdamente ineficiente. Somente 20% da energia do combustível é usada para fazer girar as rodas; ao passo que 80% se perdem no calor e nos gases produzidos pelo motor.

Bateria veicular: A bateria veicular contém soluções ácidas e chumbo. O seu manuseio e a disposição inadequada na natureza contaminam o solo, o subsolo e as águas. No Brasil, diariamente, milhares de baterias chegam aos aterros sanitários e lixões.

O perigo ocorre quando se joga uma bateria no lixo comum, pois há o risco de elementos químicos perigosos entrarem na cadeia alimentar humana, por meio da ingestão de água ou de produtos agrícolas irrigados com água contaminada, provocando sérios danos à saúde.

Pneus: No Brasil, 100 milhões de pneus velhos estão espalhados em aterros, terrenos baldios, rios e lagos; e a cada ano, dezenas de milhões de pneus novos são fabricados no país.

A principal matéria-prima do pneu, a borracha vulcanizada, mais resistente do que a borracha natural, não se degrada facilmente. Quando é queimada a céu aberto, contamina o meio ambiente com carbono, enxofre e outros poluentes.

Os pneus abandonados não representam, apenas, um problema ambiental, mas, também, de saúde pública, pois acumulam água das chuvas, formando ambientes propícios à disseminação de doenças.

Combustível: O automóvel consome incríveis quantidades dos recursos limitados da terra.

Entre 1936 e 1985, os automóveis nos Estados Unidos queimaram 9,6 bilhões de litros de combustível, fazendo do carro o maior consumidor de energia não renovável do século XX.

No Brasil, são gastos US$ 20 bilhões, por ano, de petróleo, para movimentar os 30 milhões de veículos do país.

Poluição atmosférica: A emissão de gases durante a queima de combustíveis fósseis, principalmente o dióxido de carbono (CO2) é a principal causa do aquecimento global, grande ameaça às espécies vivas.

Aproximadamente 50% do total de gases poluentes expelidos para a atmosfera são provenientes da combustão dos motores dos carros. Nas grandes cidades, onde existe grande quantidade de veículos e constantes congestionamentos, os veículos respondem por quase 90% do total de gases tóxicos.

Deslocamento: O espaço das vias ocupado pelos passageiros dos automóveis chega a ser 24 vezes maior do que o ocupado pelos passageiros dos ônibus.

Quantas pessoas podem passar, em 1 hora, por um caminho de 3 a 4 metros de largura, com os modais de deslocamentos?

40 mil a 50 mil de trem;
18 mil a 25 mil em sistemas elétricos como, exemplo, metrô;
20 mil a pé;
13,3 mil de bicicleta;
7 a 10 mil de ônibus;
900 a 2,3 mil de carro.

Mais informações, acesse o site www.ruaviva.org.br
 

Autor: Márcio Souza Última alteração em 21 de Setembro de 2010 às 15:42