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Agentes de Mobilidade Urbana participam de psicodrama para aperfeiçoar relação com o público

Por mais que o trabalho de um agente da Mobilidade Urbana (conhecido como amarelinho) seja em prol da busca de soluções para a sociedade, como num atendimento a um acidente, na liberação ou interdição de uma via para garantir a segurança, no acompanhamento de uma passeata ou de uma obra viária, a relação entre o profissional e a população tem seus momentos de conflito, sobretudo, quando ele exerce seu papel na fiscalização. E esses conflitos refletem no trabalho e na vida desses profissionais, que trabalham sob grande pressão. Para que os agentes possam realizar o seu papel dentro de situações críticas, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC) está utilizando, de forma inédita, técnicas de psicodrama para prepará-los para as mais diversas atuações do dia a dia, no contato com o público. Nesta sexta, 9 de setembro, 140 agentes passaram pelo treinamento que abordou seu relacionamento com o munícipe, propondo uma troca de papéis para que o profissional também pudesse estar apto a entender as necessidades da população. Os agentes assistiram a um vídeo que retratou as opiniões dos munícipes sobre o trabalho deles. A partir desse vídeo, a avaliação geral foi que na relação entre a população e o profissional sempre está em jogo a questão dos interesses particulares versus o interesse coletivo. Eles dramatizaram situações cotidianas que vivenciam nas ruas, que vão desde a falta de reconhecimento e as propostas indecorosas até o desrespeito. Nas dramatizações, apareceram situações como as dificuldades em gerenciar diversos problemas, que exijam respostas imediatas, ao mesmo tempo. Um dos grupos, por exemplo, retratou um acontecimento no Terminal Central, no qual o agente precisava orientar os passageiros sobre o atraso de uma linha, atender um munícipe que estava passando mal, dar informações sobre um itinerário, auxiliar uma travessia de um idoso e falar com a Central, por rádio. "A atividade é uma busca para encontrar as dificuldades e descobrir quais ferramentas usar para superá-las", disse Marisa Greeb, coordenadora da equipe que ministrou a atividade. Já para Maria Antonia Darci, psicóloga que também acompanhou o treinamento, o psicodrama tem como objetivo "fazer o agente ter consciência do seu papel em relação ao bom funcionamento da cidade". "Esses profissionais são responsáveis pela saúde da cidade. Assim como o corpo humano necessita de todas as suas veias desobstruídas, uma cidade precisa que todas as suas vias estejam fluindo e depende do agente", destaca Maria Antonia. Para Hudson Souza Alves, que trabalha na Central Integrada de Monitoramento de Campinas (CIMCamp), a experiência com o psicodrama foi muito boa. Segundo Alves, "o curso mostra que a empresa está interessada na valorização do agente". Outros participantes, como os agentes Anderson e Fernandes, afirmaram que a experiência é positiva e que serve como tentativa de buscar soluções. O treinamento aconteceu no Centro de Formação e Tecnologia e Pesquisa Educacional e integra o Programa de Desenvolvimento Profissional da EMDEC. Na próxima sexta, mais duas turmas passaram pela mesma atividade. Daniel Nogaroli
Última alteração em 09 de Outubro de 2009 às 18:59