A Prefeitura de Campinas entrega ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta quarta-feira, 4 de maio, o plano de financiamento das intervenções para implantação da Rede Integrada de Transporte Público da cidade. No projeto, elaborado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), a Prefeitura solicita ao BNDES o financiamento de R$ 160 milhões para investir em obras estruturais que irão revolucionar a circulação de toda a cidade nos próximos três anos. A principal intervenção prevista no plano refere-se ao tratamento de 105km de corredores exclusivos e preferenciais ao transporte coletivo. "Essa é uma medida que trará grande impacto à circulação na cidade. Para efeito de comparação, no país todo existem cerca de 500km de corredores exclusivos, considerando os 200km que São Paulo fez nos últimos dois anos", disse o secretário de Transportes, Gerson Luis Bittencourt. A implantação da Rede Integrada de Transporte Público de Campinas está orçada em R$286 milhões. Aos recursos do BNDES serão somados cerca de R$126 milhões, investidos pela Prefeitura. Além do tratamento aos corredores, outros quatro importantes itens se destacam no plano. O primeiro refere-se à reestruturação dos terminais, com a instalação de câmeras de monitoramento para aumentar a segurança do usuário, a troca de seu sistema de iluminação e a melhora da sinalização interna. Os terminais também garantirão acessibilidade total aos usuários, com a implantação de rampas, adaptação dos banheiros, piso podotátil e informações em Braile, entre outros. Também estão previstas intervenções de engenharia e sinalização para melhorar a circulação na região central e a modernização do sistema semafórico da cidade. Outro item na pauta de demandas que integram o Plano é a retomada das obras para a conclusão do Túnel 2 da Vila Industrial, interrompidas há mais de dez anos. Prazos Na próxima semana, provavelmente na terça-feira, 10 de maio, o prefeito Hélio de Oliveira Santos e o secretário Gerson Bittencourt irão até a sede do BNDES, no Rio de Janeiro, para um encontro com o presidente do Banco, Guido Mantega. De acordo com Bittencourt, após a apresentação do plano ao BNDES, o projeto será analisado pela equipe técnica do órgão e, caso aprovado, será encaminhado ao Senado para a aprovação final. "Todo o processo deverá levar entre seis e oito meses. Nossa expectativa é que os primeiros recursos comecem a chegar no início de 2006. Entretanto, ações pontuais já poderão ser realizadas neste ano com recursos da Prefeitura", disse o secretário. Stephan Campineiro