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Comitiva de São Carlos conhece semáforo com sinal sonoro desenvolvido pela Emdec

 
 
Um sistema que emite sinais sonoros acoplado a semáforos e ajuda pessoas com deficiência visual na travessia de cruzamentos, desenvolvido pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), foi alvo de interesse de comitiva do município de São Carlos. Nesta sexta-feira, 2 de junho, a Emdec recebeu a diretora do Departamento de Defesa da Pessoa com Deficiência, Marilia Porto, o diretor do Departamento de Inclusão da Pessoa com Mobilidade Reduzida, Tiago de Souza e Dante Nonato chefe de seção de Assistência à Pessoa Deficiente, todos representando a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Carlos, cidade do interior paulista.

O grupo veio exclusivamente para conhecer os semáforos sonoros em funcionamento. Foram recebidos por Edimar Silva e Paulo Conde, ambos são da Divisão responsável pela implantação e manutenção de sinalizações da Emdec. Manifestaram o interesse em implantar o sistema de travessia sonora, inédito no Brasil, em São Carlos.

Esse mecanismo de inclusão social aumenta a segurança e a autonomia nos deslocamentos; e está sendo instalado em cruzamentos de Campinas. Atualmente 16 cruzamentos já contam com este dispositivo acionado pelos usuários através de chaveiros eletrônicos individuais (tags), sem a necessidade de botoeiras que, muitas vezes, são vandalizadas e inviabilizam o funcionamento da travessia sonora.

O semáforo sonoro por detecção de presença apresenta baixo custo de implantação. Além disso, sua estrutura inibe situações de vandalismo, já que os dispositivos são instalados no interior de caixas, fixadas na parte superior das colunas semafóricas. 

Os dispositivos contam com sinal bluetooth e detectam a presença do usuário portador das tags, na medida em que se aproximam dos semáforos com a tecnologia instalada. O sinal sonoro indica que a pessoa com deficiência visual possa iniciar a travessia.

As tags são utilizadas por pessoas com deficiência visual previamente cadastradas. Na fase inicial do projeto, a Emdec distribuiu 45 tags. São escolhidas pessoas que apresentam 100% de perda visual, utilizam o transporte público com regularidade e circulam nas regiões contempladas, em uma parceria com o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. 

Histórico 
Em 2021, a tecnologia foi implantada nos semáforos de 10 cruzamentos da avenida Francisco Glicério. Desde o cruzamento com a Barreto Leme até o com a rua Cônego Cipião. Oferecendo o serviço, também, nas esquinas com Benjamin Constant, Bernardino de Campos, General Osório, Dr. Campos Sales, Treze de Maio, Conceição, Ferreira Penteado e Dr. Moraes Salles.

Foram ativados outros dispositivos nos cruzamentos da Avenida Anchieta com as vias Benjamin Constant e Barreto Leme. Os locais foram selecionados a partir do resultado de pesquisa de satisfação realizada com os primeiros usuários. Os pontos situam-se no entorno do Paço Municipal, tornando mais seguro o acesso à Prefeitura.

Em outros três locais, os semáforos sonoros com detecção de presença foram instalados próximos às instituições parceiras no projeto como o Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores (ICCT), o Centro Cultural Louis Braille e o Instituto CPFL.
 
Funcionamento 
Cada tag tem um código único, previamente cadastrado no sistema de detecção de presença. Quando as tags são aproximadas dos semáforos sonoros, o sistema compara as informações com a tabela de códigos cadastrados. Com o cadastro identificado, o modo sonoro é ativado automaticamente, sem a necessidade de acionamento físico de botões. Ao primeiro acionamento, o deficiente visual escutará a mensagem “Travessia solicitada, aguarde”. 
 
Um sinal sonoro indicativo é emitido para que o pedestre possa iniciar a travessia. O alerta segue o padrão regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e fica mais forte na medida que o tempo de travessia vai acabando.
 
 
 
 
Autor: Ernesto Guimarães Última alteração em 02 de Junho de 2023 às 22:32