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BRT campineiro: começa a implantação do primeiro canteiro de obras

A construção dos três corredores BRT (Bus Rapid Transit, Ônibus de Trânsito Rápido) em Campinas tem mais um grande passo: o primeiro canteiro de obras entra em fase de implantação. Na manhã desta terça-feira, dia 23 de maio, equipe técnica da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e representantes do Consórcio Corredor BRT Campinas, responsável pelo Lote 1 da obra, definiram os últimos detalhes para o início da formação do canteiro, que ficará localizado na confluência dos bairros Bonfim e Botafogo, em área do antigo leito desativado do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).

Após análises técnicas, ficou definido que o acesso dos equipamentos ao canteiro será pela Rua Dr. Cesário Motta, no Botafogo, em trecho de via sem saída, que sofrerá intervenções. Será feito um portão no muro que divide a área com a via, para controle da entrada e saída do maquinário. Todo o espaço passará por limpeza, uma vez que está com mato alto. Três equipamentos, sendo dois tratores e um caminhão, já foram posicionados na região.

“Nosso projeto do BRT estão indo de vento em popa. Os projetos executivos dos três corredores estão em pleno andamento. E nosso cronograma de início das obras em agosto, mantido”, afirmou o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro.

O Lote 1 compreende o trecho 1 do Corredor Campo Grande, que é a ligação entre a região central até a Vila Aurocan, com extensão de 4,3 km; além do corredor perimetral, com 4,1 km. O responsável pelo Lote 1 é o Consórcio Corredor BRT Campinas, formado pela Arvek, D. P. Barros, Trail, Enpavi e Pentágono. O valor total do lote é de R$ 88,9 milhões.

Os três corredores BRT do município - Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral - terão custo total de R$ 451,5 milhões, referentes à elaboração dos projetos executivos e realização das obras. Do montante, R$ 92 milhões são do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 197 milhões financiados pela Caixa. Cabe ao município o aporte de R$ 162,5 milhões. Na semana passada, em 15 de maio, o prefeito Jonas Donizette assinou contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal, que assegura ao município R$ 100 milhões. Serão 36,6 km de corredores, com tempo total de obras de três anos.

BRT
A elaboração dos projetos executivos e realização das obras dos três corredores BRT foram divididas em quatro lotes. Além do Lote 1, temos:

- Lote 2: trechos 2, 3 e 4 do Corredor Campo Grande. Esses trechos contemplam a ligação da Vila Aurocan até o Terminal Itajaí, totalizando 13,6 km. O trecho 2 é da Vila Aurocan até a ponte sobre a Rodovia dos Bandeirantes, com 5 km. O trecho 3 compreende a ponte da Rodovia dos Bandeirantes até o Terminal Campo Grande, totalizando 6,4 km. E o trecho 4, do Terminal Campo Grande até o Terminal Itajaí, totalizando 2,2 km. Responsável: Empresa Construcap – CCPS Engenharia e Comércio. Valor total do lote: R$ 191,1 milhões.

- Lote 3: trecho 1 do Corredor Ouro Verde, que liga a região central até a Estação Campos Elíseos, com 4,8 km de extensão. Responsável: Empresa Compec Galasso. Valor total do lote: R$ 66,5 milhões.

- Lote 4: trechos 2 e 3 do Corredor Ouro Verde, que compreende a ligação da Estação Campos Elíseos até o Terminal Vida Nova, totalizando 9,8 km de extensão. O trecho 2 vai da Estação Campos Elíseos até o Terminal Ouro Verde, com 5,7 km. E o trecho 3 liga o Terminal Ouro Verde até o Terminal Vida Nova, com 4,1 km. Responsável: Consórcio BRT Campinas (Artec; Metropolitana). Valor total do lote: R$ 104,9 milhões.

O BRT campineiro, que será chamado de Rapidão, irá beneficiar cerca de 450 mil pessoas que residem nos distritos do Campo Grande e Ouro Verde. O sistema contempla estações de transferência e infraestrutura adequada; veículos articulados ou biarticulados; corredores exclusivos com espaços para ultrapassagens; embarque e desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas); embarque em nível; e pagamento desembarcado. O sistema será mais seguro, rápido, eficiente e confiável.

No Ouro Verde serão 14,6 km de extensão, saindo da região central, seguindo pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim até o Terminal Vida Nova. Nesse trajeto serão construídas quatro obras de arte (pontes e viadutos).

No Campo Grande serão 17,9 km de extensão, também saindo da região central, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), John Boyd Dunlop e chegando ao Terminal Itajaí. Serão construídas 12 obras de arte (pontes e viadutos).

Entre os dois corredores haverá um corredor perimetral com 4,1 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.

Para a construção dos corredores será suprimidas 2,2 mil árvores, todas com autorização dos orgãos ambientais. Como forma de compensação ambiental serão plantadas 45,5 mil árvores. Outras 64 serão transplantadas (mudadas de um lugar para o outro). As definições de locais estão a cargo da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
 
Autor: Márcio Souza Última alteração em 24 de Maio de 2017 às 09:07