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21 blitze combateram direção perigosa: 830 infrações

 

 
A força-tarefa que busca estimular o respeito às leis de trânsito e reduzir sinistros (acidentes) identificou, em setembro, 830 infrações em 21 operações integradas. Os esforços miram na ampliação da segurança pública e viária e envolvem a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), a Guarda Municipal (GM) e a Polícia Militar (PM). As blitze são realizadas em locais mapeados pela Emdec como pontos que mais registraram sinistros e irregularidades.
Foram 552 autuações (66,5%) aplicadas a motocicletas, 265 (31,9%) a automóveis, oito a caminhões e cinco a outros tipos de veículos. As operações integradas retiraram das ruas, 158 veículos em situações que feriam a legislação e foram removidos ao Pátio Municipal: 117 motocicletas (74%), 38 carros (24%) e três veículos enquadrados em outras categorias.
Em 2025, já foram realizadas 227 operações integradas, que identificaram 8,7 mil infrações e retiraram das ruas quase 1,7 mil veículos em situações irregulares.   
Dois veículos somavam quase R$ 45 mil em multas 
Um dos objetivos das operações integradas é identificar casos de imprudência recorrentes. “Geralmente, são aqueles condutores e veículos que circulam perigosamente, acumulam diversas multas e colocam em risco a sua vida e a dos demais condutores”, explica o coordenador de Fiscalização e Operação de Trânsito, Marcelo Carpenter. “Fica o apelo para que todos os condutores façam o uso de seus veículos de forma ordenada e pautados pelas leis de trânsito”, completa.
Durante blitze realizada pela Emdec e PM, no último dia 29, na avenida Dr. Heitor Penteado, sob o viaduto da avenida Júlio Prestes, dois veículos com licenciamento vencido, removidos ao Pátio, somaram R$ 44,6 mil de débitos em multas diversas. Uma Saveiro preta alcançou R$ 27,3 mil em multas e um Stilo amarelo apresentava R$ 17,3 mil em multas.
 
Licenciamento vencido e escapamentos ‘barulhentos’ lideram
Infração mais frequente nas operações realizadas no último mês, deixar de licenciar o veículo no prazo torna a circulação irregular e gera multa de R$ 293,47 (gravíssima, sete pontos na CNH), além de ser passível de remoção. A Emdec orienta que os condutores fiquem atentos ao final da placa de seus veículos e períodos de licenciamento.
O segundo comportamento de risco mais comum foi a circulação de veículos com escapamento ‘furado’ ou com descarga livre. A situação compromete a atenção e segurança de pedestres e condutores, atrapalhando a percepção das buzinas, sirenes e alertas de aproximação. A infração é grave, com multa de R$ 195,23 e perda de cinco pontos na CNH.
Os dez comportamentos de risco que mais apareceram durante as operações realizadas em setembro somaram 597 autuações – quase 72% do total. Confira as infrações mais frequentes:
1º) Licenciamento vencido: 99 infrações – 11,9%.
2º) Escapamento furado / descarga livre: 96 infrações – 11,6%.
3º) Sistema de iluminação alterado: 87 infrações – 10,5%.
4º) Pneu liso/“careca”: 60 infrações – 7,2%.
5º) Conduzir veículo sem possuir Carteira Nacional de Habilitação: 51 infrações – 6,1%.
6º) Condutor sem cinto de segurança: 49 infrações – 5,9%.
7º) Conduzir o veículo com placa ilegível: 48 infrações – 5,8%.
8º) Placa em desacordo com as normas Contran: 39 infrações – 4,7%.
9º) Ausência de equipamento obrigatório: 37 infrações – 4,5%.
10º) Permitir posse e condução de veículo por pessoa sem CNH, Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor: 31 infrações – 3,7%.
Placa oculta: Emdec atua para coibir situação de risco
Uma operação baseada no mapeamento de dados do sistema de fiscalização eletrônica vem atuando para coibir um comportamento imprudente e de alto risco: a placa oculta. As situações vêm sendo registradas pelos radares e buscam driblar a fiscalização e a identificação do excesso de velocidade ou avanço semafórico, por exemplo.
O comportamento é observado principalmente entre os motociclistas, que seguem como principais vítimas no trânsito campineiro, com 49% dos 47 óbitos em vias urbanas até agosto deste ano – 23 vidas perdidas. Em um dos flagrantes, registrado em 19 de setembro na avenida John Boyd Dunlop, o motociclista esconde a placa com o pé, em uma visível manobra de alto risco.
 
No mês de setembro, o trabalho de fiscalização conjunta envolveu agentes da mobilidade urbana e técnicos que atuam no monitoramento dos radares. A ação ocorreu em pontos mapeados com maior número de condutas deste tipo. Ao visualizar o comportamento pelo sistema, em tempo real, a abordagem e autuação são realizadas a frente.
Conduzir veículo com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e visibilidade é infração gravíssima (multa de R$ 293,47). No período de janeiro a agosto de 2025, os equipamentos de fiscalização eletrônica processaram 391,7 mil imagens de veículos, obstruindo a placa (ocultando com a mão ou placas encobertas). Diante da falta de identificação das placas, não é possível validar as infrações. O número considera que um mesmo veículo pode ter sido identificado mais de uma vez pelos radares, ou seja, há passagens repetidas.
Autor: Ângela Silva Última alteração em 06 de Outubro de 2025 às 10:00